- Tinha uma vida, diferente, normal, anormal não sei
Tudo mudou, o passado se foi. E o presente não sei
Quando busco o passado, não vejo o presente. futuro não tem
Sem eira nem beira, se olho não vejo pareço um cego
O que vai ser de mim, de uma vida que foi e hoje não é
Mudou. Sou um sonâmbulo amador a vagar por aí
Vivo de sonhos, que nunca vão ser e nem nunca serão
São frutos do agora, e jamais terão um amanhã.
Carta inútil, rasgada no tempo, que o vento malvado
A levou... Sem destino, perdida sem rumo se foi
O que tenho? O que faço? Maldito que sou.
Não esqueço, não posso não quero esquecer
Alimento mentiras, pecados de homem
Que um dia já teve e agora não tem
Pedaços do nada busca incessante, errante.
Enganar-me? Mentir? Não posso, não devo
Mesmo tendo motivos, encravados no peito
Doendo sem jeito, mentiras de amor.
Plantado no nada, do seu consciente
De maneira indecente, não devia ser assim
Dor aguda, machuca, fere não ter você
Dependo do nada, do momento do tempo
Sem hora sem dia, sem até amanhã
Estou perdido agora, esperando o meu sonho
Plantado na mente, a vagar por ai...
Devaneio? Sonho? Imaginação? fantasia...
Claro, não posso mentir, tudo é presente
Ela ausente, e quando voltar, se voltar
E quiser, se achar um pedaço, da imaginação
Vai dizer, oi, aiei, hum ,ixxi isto é tudo que tem.
Mas louco, não penso nem um pouco
Esquecer de você. Mesmo que me faça
Explodir em pedaços, com o seu retrato
Na mente do nada, esperando que um dia
Possa sonhar de novo, com você...
Sei que hoje, sinto sua falta, doendo
No fundo, ferido, animal enjaulado
Que não sabe sair, não esquece você
Do seu rosto, do seu corpo, como a imaginação
E você pediu que eu fizesse a você
E eu fiz.....maldito que sou...não há final feliz!
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