Inventário das sombras
O que deixou o espólio?
Algo além do imbróglio
de rebuscar documentos
e reencontrar a estirpe
antes mero acessório?
O que sugeriu o espólio?
Que utilizemos
o que nos restou de dignidade
numa derradeira homenagem?
O que exigiu o espólio?
Que alguns naveguem
pelos vales das lágrimas
enquanto outros
no inventário das sombras
não partilhem sequer a dor premeditada?
O que deixou o espólio?
Algo além do imbróglio
de rebuscar documentos
e reencontrar a estirpe
antes mero acessório?
O que sugeriu o espólio?
Que utilizemos
o que nos restou de dignidade
numa derradeira homenagem?
O que exigiu o espólio?
Que alguns naveguem
pelos vales das lágrimas
enquanto outros
no inventário das sombras
não partilhem sequer a dor premeditada?
(Luso
poemas)
O fabuloso espólio de Madame Jovina dos Prazeres
Lovelino não
parava de pensar. Não pretendia e não queria nada do espolio de Madame Jovina
dos Prazeres. Ninguem acreditou em seu amor por Madame Jovina. – Que se danem
pensava. Agora ali, esperando uma recompensa? Um absurdo. O que mais ele queria
é que ela estive ali com ele. Mas sabia que isso não iria acontecer. Ela tinha
ido para sempre. Agora só as saudades lhe faziam companhia. Doces lembranças de
um passado. Foi uma exigência do Comendador Praxedes da Aluvião. Achou que foi
mais do que um convite. Uma intimação isso sim. Recusar? Impossível. Sentia-se
um peixe fora d’água ali sentado na poltrona enorme de couro marrom, legítimo couro
inglês (Deve ter custado uma nota!) importado. Nem olhava para os outros que
estavam ali. Não eram amigos nunca foram.
Sua mente não
parava de buscar o passado. Não fora ninguém até o dia que a conheceu. Uma
diferença de idade enorme. Poderia ter sido sua mãe, mas acabou sendo sua
amante. Amante? Era muito mais. A mulher de sua vida eterna. Quantos anos se
passaram? Muitos. Achava que mais de trinta. Afinal estava com vinte e cinco e
agora com cinqüenta e cinco não esperava mais nada da vida. Se houvesse um
espolio, que os filhos dela tomassem conta. Ele não queria nada. Ao perdê-la
perdeu a vontade de viver. Perdeu o sentido da vida.
O Comendador Praxedes da Aluvião além de
juiz da comarca da cidade de Santa Genoveva era também o tabelião. Muito
respeitado. Um vasto bigode que ele fazia questão de enrolar com os dedos
sempre que estava junto a alguém. Usava sempre um jaquetão preto, uma gravata
borboleta, uma botina “Jeca-Tatu” preta, não tinha carro e adorava sua charrete
que dizia ter sido da Corte Inglesa. Ninguém o desobedecia. O ultimo que o
desafiou está enterrado no cemitério da cidade, em uma cova nos fundos, com uma
plaquinha que diz – Aqui jaz, um merda que morreu como um merda! Risos. É
verdade. Quem duvidar pode ir lá ver.
Lovelino voltou
no tempo e lembrou quando viu Madame Jovina pela primeira vez. Nos seus vinte e
cinco anos foi fazer uma entrega de vinhos importados que chegou pelo navio
Pirineu no porto de Suape em Recife. Vindos da Itália, comprado especialmente
para ela. Fora uma viagem longa. Mas seu chefe o explicou da sua
responsabilidade e da figura do Comendador, o intermediário de Madame Jovina. Quando
a viu seu coração bateu forte. Ela nem o notou. Agradeceu e ele se foi pensando
que aquela era a mulher de sua vida. Claro, era uma boate de ricos. Cheia de
luzes coloridas, cortinas vermelha de seda, um amplo salão com poltronas também
vermelhas de couro importado e as mulheres, eram lindas. Novinhas, sempre
sorrindo com roupas transparentes. Maquiadas. Vendendo o que tinham de melhor.
Mas ele não se interessou por nenhuma delas. Só por Madame Jovina. Uma morena
de cabelos presos em coque, um rosto angelical apesar dos seus quarenta e
poucos anos, uma face corada, lábios carnudos, vermelhos, olhos verdes, como se
fossem duas esmeraldas incrustadas naquele rosto maravilhoso. Seus dentes
quando sorria eram perfeitos.
Estranhou, pois
Santa Genoveva não era uma cidade grande. Mas depois soube que ali tinha as
maiores fazendas de café de todo o país. Exportavam para o mundo todo. Coronéis,
Comendadores, Duques, Marqueses, Viscondes eles eram assim chamados. Era fácil
comprar um titulo naquela época. Quando se instalou em Santa Genoveva, Madame
Jovina sentiu um ambiente propício para montar a melhor boate de mulheres de
todo o nordeste. Procurou primeiro o Comendador Praxedes da Aluvião. Ele a
olhou ressabiado. Mas gostou do que viu. Logo desejou estar com ela em uma cama
enorme, fazendo estripulias mil. Afinal ainda era jovem. Menos de cinqüenta
anos. Madame Jovina tinha experiência. Desde que fora expulsa de casa a vinte e
cinco anos atrás, só porque se apaixonou por um português fogoso, sabia que sua
vida seria aquela. Não uma prostituta qualquer. Mas teria classe. Seria chamada
de madame.
Lovelino largou
o emprego em Recife e partiu para Santa Genoveva. Com a cara e coragem procurou
Madame Jovina e se declarou. Disse que não queria que ela correspondesse,
bastava aceitá-lo como empregado. Faria qualquer coisa. Ela não precisava
pagar. Refeições e um quartinho para dormir. Em pouco tempo ele dormiu com ela.
Um sonho. Achava que era o homem mais feliz do mundo. Ela o ensinou como
proceder na cama. Nunca foi o amante perfeito. Sempre fora um “janota” nestas
coisas. Nunca soube se Madame Jovina o amava. Nunca perguntou e ela nunca
disse. Mas passaram a dormir juntos e ele já ajudava na direção da casa. Ela
comprou muitas roupas para ele. Ensinou como dar o nó em uma gravata, a
escolher a cor certa, a se portar como um cavalheiro. Ensinou como tratar as
“funcionárias” para que elas dessem o máximo do seu corpo aos clientes famosos.
Conheceu a nata dos grandes fazendeiros. Tinha grande respeito pelo Comendador
Praxedes da Aluvião.
Aos poucos foi
ficando intimo de Madame Jovina. Intimo de sua vida, de suas escolhas, de como
guardava as economias. Mas tinha dúvidas. Acreditava que ela não devia entregar
tudo para o Comendador Praxedes da Aluvião. Afinal em Recife tinha ótimos
bancos e lá seu dinheiro estaria mais seguro. Mas Madame Jovina ria e dizia –
Calma meu amigo. Eu sei o que faço. Não nasci ontem. Que seja pensava. Na
cidade ficou conhecido por todos. Era respeitado. Afinal se alguém disse algum
contra ele não entraria nunca mais na casa de Madame Jovina. Ela lhe dava algum
dinheiro semanalmente, que ele sabiamente guardava em um banco em Recife. Não
era muito, mas dava para ele fazer umas economias. Um dia uma surpresa. Ela o
apresentou a duas crianças. Manuelita de oito anos e Andresinho de dez. – São
meus filhos disse. Estudam na Europa. – Na escola Tasis, uma tradicional escola
Suíça. Localizada na região italiana da Suíça, em Lugano. Lovelino não sabia o
que dizer. Achou as crianças lindas, mas elas o esnobaram.
Um mês depois
voltaram para a escola. Era assim. Uma vez por ano apareciam. Lovelino nunca
teve ciúmes deles. Afinal eram filhos. A Cesar o que é de Cesar. Mas seu coração
a cada dia ficava mais profundamente apaixonado por Madame Jovina. Seus olhos
brilhavam em sua presença. Na suíte dela, na enorme cama de casal estilo Luiz
IV, (importada da França) ele acreditava estar em outro mundo. Madame Jovina
fazia sexo devagar, sem pressa. Gostava de ficar minutos e minutos sentada no
membro dele de olhos fechados suspirando, seus lábios molhados até que um grito
forte e ele sabia que ela estava terminando.
Um dia lera um
livro onde conheceu a historia da mitologia grega dos Doze Deuses Olímpicos.
Moravam no Monte Olímpo. Eram peritos na arte, no amor, nos sonhos, e ele se
transportava para ali, quando estava nos braços de Madame Jovina. Achava ela
superior a Atena e Afrodite. Ah! Afrodite a deusa do amor. Ela teria muito a
aprender com Madame Jovina. Ele não era nenhum Zeus, Posidon, Neptuno, ou mesmo
Apolo. Não era bonito. Achava-se feio. Tinha o nariz achatado, seus lábios eram
grosseiros, seu cabelo mais para crespo do que liso. Era alto, talvez um metro
e setenta e oito. Não sabia. Meio cambota. Risos. Feio mesmo.
Os anos se passaram.
Cinco, dez, vinte anos. Os filhos de Madame Jovina cresceram. Manuelita virou
uma linda moça. Puxou a mãe. Andresinho também se tornou um rapaz bem
afeiçoado. Agora era medico. Ela se formou em Ciências Humanas. Não gostavam de
Santa Genoveva. Visitavam a mãe esporadicamente. Ambos moravam agora na Itália.
Ambos solteiros. Nem cartas escreviam. Lovelino notou que ela chorava por eles
não darem notícia. Mas ela nunca reclamou com Lovelino. Madame Jovina um dia se
desentendeu com o Coronel Liturgo. Ele queria que Márcia Lavínia ficasse com
ele. Mas ela estava com Jaubert, por quem tinha se apaixonado.
Era uma
situação incomoda. Márcia estava ali para servir a clientela. Agora só vivia
com Jaubert. Madame Jovina já a havia repreendido. – “Se gosta dele vá viver
com ele”. Mas Jaubert era um perfeito gigolô. Não queria nada. Só mulheres e
que elas o sustentassem. Lovelino resolveu agir. Deu uma prensa em Jaubert. Márcia
caiu em prantos. Madame Jovina interveio e deu em nada. Tudo continuou como
antes. Até que o Coronel Liturgo aprontou uma arruaça em pleno salão.
Abarrotado de gente. Gritava, dizia palavrões. Lovelino foi até ele. Recebeu um
soco na cara. Sem consultar Madame Jovina, Lovelino o agarrou pelo paletó e o
jogou fora da casa. Ele sacou um revolver e atirou em Lovelino. O tiro pegou de
raspão, mas Lovelino tomou dele a arma e lhe deu uns pontas-pé no trazeiro. Foi
à conta. Lovelino encontrou um inimigo de morte. Agora era ele ou Lovelino.
Melhor que fosse o coronel. Armou uma emboscada a noite. Deu cinco tiros no
Coronel Liturgo e dois em seu capanga. Todos desconfiaram dele. O delegado o
inquiriu várias vezes. Mas era amigo de Madame Jovina. O assunto morreu por aí.
Lovelino
pegou fama. “Jagunço de Lampião” Todos tinham medo dele. Madame Jovina até
gostou. Agora em sua “casa” haveria maior respeito. Mais dez anos se passaram.
Cada dia mais Lovelino sentia que seu amor crescia. Era como se Madame Jovina
fizesse parte dele. Não ficava muito tempo longe dela. O dia inteiro a
procurando pela casa. Tornou-se até inconveniente. Ela lhe disse um dia. - Meu amigo
Lovelino. Não seja assim, você sabe que eu gosto de você. Aqui nunca fiquei com
ninguém. Mas você está sendo “chato” não sai de perto de mim.
Lovelino se
tocou. Sabia que não era “dono” dela. Poderia colocar tudo a perder. Tudo que
conquistou. Madame Jovina estava com setenta e cinco anos. Mantinha ainda
aquela pose altiva, aquele semblante de uma dama irresistível. Lovelino sorria
por dentro. Fosse o que fosse era feliz. Muito. Um dia foi a Recife fazer umas
compras para Madame Jovina. Ficou por lá cinco dias. Quando voltou encontrou um
grande ajuntamento de pessoas em frente à boate. Assustou. Correu e subiu as
escadas. Madame Jovina estava deitada na cama de casal, e seus olhos fechados.
Lovelino se
aproximou chorando. Minha Deusa! Meu único amor! Você não pode partir! Não pode
morrer. Morrerei contigo se você se for. Mas Madame Jovina estava morta. Morte
natural. Lovelino chorava como um menino. Estava com cinqüenta e cinco anos. Um
homem apaixonado. Seu amor partiu. Não havia motivo para ele continuar vivendo.
As moças da boate choravam com ele. Não tinham idéia do que iria acontecer.
Foram dois dias inconsoláveis para Lovelino. O funeral ele assistiu soluçando.
Ninguem para consolá-lo. Os filhos de Madame Jovina não estavam presentes. Ele
tinha passado um telegrama. Sabia que não chegariam a tempo.
A necrópole estava vazia. Todos já haviam
ido. Lovelino não. Sentado no mausoléu de Madame Jovina ele não parava de
soluçar. Pensou em tirar sua vida ali. Mas era um cristão. Não acreditava que
morrendo iria encontrar Madame Jovina. Sabia que não. Sabia que um dia iria
encontrá-la. Mas só Deus deveria saber como e onde. Ficou ali no cemitério a
noite toda. Os responsáveis vieram dizer para ele que era hora de fechar. Ele
não respondeu. Fechou os olhos e a viu em sonhos. Ela dizia que ele fora seu
melhor amigo. Quando ele se fosse do mundo ficariam juntos novamente.
O dia
amanheceu. Uma garoa fina. Não havia trovões. O céu cinzento. Lovelino foi para
casa. Um ultimo adeus a Madame Jovina. Uma pequena rosa ele colocou em seu
mausoléu. Reuniu as moças no salão vermelho. Disse que não tinha vontade de
continuar. Iria esperar os filhos dela para saber o que fazer. Que elas
tirassem umas férias de vinte dias. Depois ele iria dizer o que foi resolvido.
Lovelino ficou só na boate. Mandou fazer uma foto enorme dela. Passava horas e
horas sentado na cama de Madame Jovina. Olhando a foto dela e sentindo sua
presença. Parou de chorar. Alguém devia tomar as providencias necessárias para
tudo.
Agora estava
ali. Na sala de espera do Comendador Praxedes da Aluvião. Ao seu lado Manuelita
e Andresinho. Os filhos de Madame Jovina nem olhavam para ele. Sérios. Mal
conversavam entre si. Lovelino se sentia desconfortável. Mas não tinha saída. O
Comendador Praxedes da Aluvião o havia convocado para essa reunião. Iria dizer
o que Madame Jovina tinha decidido de sua fortuna. Ele não queria nada. Nunca
pediu nada. Suas economias no banco em Recife seriam suficientes para ele viver
o resto de sua vida. Nunca mais iria se unir a uma mulher. Para ele só tinha
havido uma. Madame Jovina. Ninguém poderia substituí-la. Fechou os olhos e
pensava do que seria sua vida daí em diante. O passado se fora. Não iria
enterrá-lo. Nunca. Ela iria viver em sua mente para sempre. Fora parte de sua
vida. A mais importante. A mulher de seus sonhos. O amor de sua vida. Queria
sair dali logo, mas tinha de aguardar. Era surreal tudo que estava acontecendo
com ele.
Finalmente o
Comendador Praxedes da Aluvião os chamou ao seu escritório. Queria ficar em pé,
ouvir e partir. Mas foi obrigado a sentar como os demais. – Que todos fiquem
sabendo, que no ano da graça de Nosso senhor Jesus Cristo, no dia 22 de agosto
de 1977, dona Madame Jovina dos Prazeres, aqui esteve junto com as testemunhas
Sr. Mario Tenedes e Senhor Escrutino Xandoval, ditou seu testamento conforme
abaixo escrito e que leio para todos vocês. De plena posse de minhas faculdades
mentais, quero que toda minha fortuna, seja assim dividida: – Tudo que tenho em
mãos do Comendador Praxedes da Aluvião seja entregue em partes iguais, aos meus
filhos Manuelita dos Prazeres e Andresinho dos Prazeres. Também as terras e
fazendas localizadas no vale do Imbu, próximo ao Rio Quitanda, seja
inventariada e divida entre eles. Caso eles acharem melhor fazer uma divisão
entre si, estou plenamente de acordo.
O Comendador
Praxedes da Aluvião fez uma pausa. Olhou para Lovelino como a dizer, você não
ganhou nada. Mas não foi bem assim. Continuou o Comendador Praxedes da Aluvião
– Que minha boate, seus pertences, tudo que ali se encontra seja doado ao meu
amigo Lovelino Santo Angelo, inclusive a escritura da casa, e que ele prometa
que irá cuidar das moças, dirigir e dar prosseguimento a tudo àquilo que amei
em vida. Lovelino se assustou. Não esperava aquilo. Os filhos de Madame Jovina
se levantaram e se retiraram. Lovelino nunca mais os viu. Não era o que queria.
Pensou em vender tudo e ir embora por esse mundo de Deus. Mas não foi esse o
desejo de Madame Jovina. Que assim seja. Sua vontade será cumprida. Lovelino
cumpriu sua sina. Nunca mais sorriu. Passava horas e horas sentado na cama Luiz
IV de Madame Jovina olhando sua foto na parede. Dizem às moças que ali
trabalhavam que ele conversava com ela horas e horas.
Conta-se uma
fábula, que Lovelino “enricou”. Comprou um titulo de Marques e se tornou o
Marques de Lovelino Loreal. Diz também à fábula que ele deixou os cabelos
crescerem, brancos, meios crespos. Um enorme bigode que ele enrolava com os
dedos. Comprou um jaquetão azul, gravata borboleta, se tornou um profeta
dizendo que os fins dos tempos estavam próximos. Não saia do quarto de Madame
Jovina. Ali foi encontrado um dia. Sentado. Mas mortinho da silva. Seus olhos estavam abertos. A olhar
profundamente o retrato de Madame Jovina. Um sorriso em seus lábios grossos
dizia que havia encontrado o que procurava no outro lado da vida. Ninguem soube
mais nada, pois não sabiam também de onde ele teria vindo, se tinha parentes,
nada. As moças resolveram fazer uma sociedade da casa. Descobriram uma carta de
Madame Jovina. Nela ela dizia que sempre amou Lovelino e ficaram intrigadas.
Porque nunca disse isso a ele?
Setenta anos
depois, nasceram em uma cidade chamada Pontal do Amor, no interior do Ceará,
dois jovens, filhos de pais diferentes. Ela foi batizada de Jovina. Ele de
Lovelino. Um dia se encontram em um jardim da praça da cidade. Ela colhendo
flores, ele olhando as borboletas. Dizem, ou melhor, a fábula conta que se
apaixonaram e que viveram felizes para sempre. Mas fábulas são fabulas. São
contadas por escritores, poetas e trovadores. Eu não posso dizer se é verdade
ou não. Que cada um faça sua própria historia e dê o final que achar válido.
Para dizer a verdade, eu não acredito em fábulas! Risos.
Quanto
nos cobra o poema:
- por uma sinfonia de metáforas
- por uma visitação à alma
- por um deslumbre de vôos?
Ou desapegado da matéria
doa-nos, ele, complacente
as suas inefáveis asas?
O preço do poema, senhores,
é o poeta quem paga!
(Luso poemas)
- por uma sinfonia de metáforas
- por uma visitação à alma
- por um deslumbre de vôos?
Ou desapegado da matéria
doa-nos, ele, complacente
as suas inefáveis asas?
O preço do poema, senhores,
é o poeta quem paga!
(Luso poemas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário